Reprodução Fotográfica, Rômulo Fialdini. "Natureza-morta", Estêvão Silva; Óleo sobre tela, sem informação; 81,00 cm x 65,00 cm; Coleção Agnaldo de Oliveira - SP
Em uma mesa forrada com tecido verde escuro se destacam vários objetos, o principal deles sendo o Abacaxi. A esquerda é possível ver um cesto lotado de uvas e a direita uma fruteira com cajus e uma fruta do conde. Em destaque também há maçãs pitangas e mangas e ao fundo tons terrosos com estampas florais que a judam a dar o destaque nos elementos principais do quadro, as frutas. Nesta obra é possível fazer observações sobre elementos peculiares, como o acúmulo de elementos e grande variedade de frutas, a textura dos materiais frutos do meio social que o conjunto se insere. As linhas do eixo da pintura (compostas pelo diagonal com o abacaxi e o vertical pela fruteira) se dispersam por causa do excesso de estímulo visual que a pintura tem, o artista utiliza de uma folhagem ao fundo para Figura 3: Reprodução Fotográfica, Rômulo Fialdini. "Natureza-morta", Estêvão Silva; Óleo sobre tela, sem informação; 81,00 cm x 65,00 cm; Coleção Agnaldo de Oliveira - SP 23 unificar os elementos, padrão não comum quando se fala em pintura de natureza morta
Gonzaga Duque comenta sobre a tela e diz:
“ O gosto da composição, o sentimento fino, impressionante do grupo, a qualidade estimada é imprescindível da harmonia do todo, que é uma resultante da compleição, fatal nas artes imitativas, falharam-lhe durante muito tempo. Os primeiros quadros de Estêvão, encerrando grande soma de verdade no desenho e no colorido, pecavam pelo desleixo do ensemble, satisfaziam bemmediocremente pela combinação harmónica das partes.”
DUQUE ESTRADA, Luiz Gonzaga. Contemporâneos, [p. 99]
"Realmente é difícil, e até parece impossível, pintar frutos melhor do que os tem pintado Estêvão. Os seus pêssegos são na forma, na cor, na penugem macia e alourada que os reveste, verdadeiros pêssegos; sente-se nas mangas por ele pintadas o olhar penetrante e delicado desses frutos saborosíssimos; não é possível que haja cor mais exata, desenho mais preciso, do que a cor e o desenho desses abacaxis que se vêem em suas telas, entre os mais frescos,os mais sazonados cambucás, abacates e laranjas. Que excelentes uvas, que doces araçás, que gostosos frutos,estes que ele imita. Ali está a fidelidade,está a realidade, e quando o artista consegue nos iludir perfeitamente, quando consegue passar para a tela o que vê e o que sente na natureza, tem conseguido tudo.”
DUQUE ESTRADA, Luiz Gonzaga. A arte brasileira, [p. 219]
NATUREZA-MORTA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra65199/natureza-morta. Acesso em: 29 de julho de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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